Schneider Weisse Aventinus Weizen-Eisbock

Produzida porSchneider Weisse(Alemanha)
Estilo:Eisbock
Álc/vol:12%

Reza a lenda que foi de uma forma acidental que nasceu a técnica que veio dar origem a este robusto estilo a que chamam de eisbock. Esta cerveja tem uma ligação muito próxima com a sua irmã menos robusta, do estilo weizenbock, pelo que aconselho que veja primeiro as minhas impressões sobre essa Aventinus (publicação anterior).



Schneider Weisse Aventinus Weizen-Eisbock


A irmã menos robusta desta cerveja, a do estilo weizenbock com nome Schneider Weisse Tap 6 Unser Aventinus, foi durante muitos anos considerada como uma das cervejas de trigo mais intensas e complexas do mundo.  Nos anos 40 era transportada por barco para toda a Bavaria em contentores sem qualquer tipo de controlo de temperatura. Reza a história que a bebida congelava parcialmente durante o transporte, provocando a separação de parte da água. Desse processo acidental resultava uma cerveja mais concentrada, com um sabor ainda mais intenso e teor alcoólico mais elevado. Mais tarde o processo foi replicado em ambiente controlado por Hans Peter Drexler, cervejeiro mestre da cervejaria Schneider. Assim terá nascido a Aventinus Weizen-Eisbock e o novo estilo eisbock.

Para simplificar passarei a utilizar apenas eisbock para referir a Aventinus em análise e weizenbock para a Aventinus desse estilo, analisada na publicação anterior.

Tudo indica que esta eisbock ainda é feita através da weizenbock, usando o processo de congelamento já referido. No mínimo partilharão a mesma base, já que as características tem muitas semelhanças. Por esse motivo não me vou alongar muito na minha análise e vou compará-la directamente com a weizenbock.

A eisbock é exactamente o que se espera pela descrição do processo: uma versão mais concentrada da weizenbock. É muito mais escura, mais robusta, os sabores são mais intensos e mais complexos. O álcool - são 12% contra os 8.2% da weizenbock - está muito mais presente e impõe-se mais, especialmente no final, em que deixa a sua marca durante algum tempo depois de engolir.

É muito mais uma cerveja de aperitivo, para ir degustando lentamente. Uma cerveja de inverno e não propriamente para beber num dia de verão solarengo como aconteceu no meu caso. Considero-a uma boa cerveja dentro do tipo robusto e alcoólico, mas pessoalmente tenho tendência para preferir cervejas com um maior equilíbrio entre o álcool e os restantes sabores.

Se gosta deste tipo de cervejas ou é um apreciador da Aventinus estilo weizenbock, desafio-o a experimentar esta versão mais intensa. Escolha um dia frio, de preferência, porque o “ambiente” vai aquecer.



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